quarta-feira, 19 de maio de 2010

Crer em algo x religião

Vista da forma adequada, “religião” é algo bom. Nesse prisma, quando falo em seguir uma religião, ou crer em algo, expresso minha experiência pessoal, onde Deus me ajudou muito, muito mesmo, no processo de superação e vitória. A Bíblia foi uma companheira fiel e útil nesse período, tanto que, em minhas palestras presenteio meus ouvintes com o livro “Poder Espiritual para a Vitória”, onde descrevo trechos da Bíblia. Logo, para dizer como venci, devo – para ser honesto – dizer que não venci sozinho. Foi meu braço, mas Deus é quem deu força a ele.
99% das pessoas acreditam em Deus. Assim, sinto-me a vontade para sugerir que cada um aproveite esse "parceiro" não só porque há um sentimento bem geral de que Ele existe (ainda que a percepção da forma da divindade varie bastante), mas também porque funcionou para mim e, assim, tal citação tem um conteúdo testemunhal.
Crer em algo ajuda. Mas eu não gostaria de crer em algo que não existe só para me ajudar. Prefiro coisas concretas. Quase posso dizer que sou um cético, mas um cético que não quis negar uma realidade quando a encontrou. Acho que seguir uma religião tem utilidade sim, como você me perguntou.
Se você perguntar a mesma coisa para quem não crê, para um cético, um ateu, esta pessoa não verá sentido – e talvez até considere ruim – contar com algo que pode não existir. Mas se você perguntar para mim, vou dizer que Deus existe, que é uma pessoa, que se interessa por você e por sua vida, pelo seu bem-estar, que interage e atua. E que é bom, um bom (e poderoso) amigo. Em seu lado justo e de bom pai, será um amigo que esperará você crescer e amadurecer, mas estará ao lado.



Eu tenho uma filha pequena, e a levei à praia. Estive ao seu lado quando começou a "enfrentar" as ondas, marolinhas, que batiam na areia. Estive todo o tempo ao seu lado, mas deixei que ela levasse uns tombos até aprender a se equilibrar sozinha. Por mais que me doesse vê-la "enrolada", eu precisava deixá-la aprender a viver aquela experiência, e crescer. Um pai ruim a protegeria tanto que a transformaria em um vegetal, em medrosa e dependente. Mas eu estava lá para dar cabo de qualquer onda maior do que ela pudesse agüentar. Eu a deixei ficar assustada, para enfrentar o medo e a onda, mas não a deixaria engolir água demais ou se afogar.
Em minha vida, percebo que Deus faz bem parecido. Só que Ele é mais forte e esperto do que eu. Já engoli uns bons bocados de água e já tomei vários "caixotes", mas não tenho dúvidas que o Pai estava atento e presente, torcendo e cuidando para que eu aprendesse a me equilibrar.
Afinal, é da natureza divina andar sobre as ondas.



Pois bem, creio que tanto no plano pessoal quanto em relação à Humanidade como um todo, Deus está presente e disponível, mas não intervém senão na medida do necessário ou do demandado pela pessoa. Ele tem seus planos gerais, que vai executar, mas respeita não só o livre arbítrio, as escolhas pessoais e o propósito de que os homens amadureçam, cresçam e vivam. Por isso menciono uma "parceria", onde Deus faz uma parte e nós, a outra. Se Ele fizesse tudo não seríamos mais que vegetais, e se nos deixasse totalmente sozinhos, nossa solidão seria inimaginável. De alguma forma, Ele sempre está presente, como dizia Jesus, ao mencionar que Ele faz a chuva cair sobre bons e maus; e, paralelamente, Ele atua na medida em que queremos ou pedimos, sendo Jesus useiro e vezeiro em dizer "O que queres?", "Quer me seguir?".
Assim, posso afirmar que Deus está cuidando de você, mesmo quando você não percebe. Ao mesmo tempo, está ansioso por desenvolver uma relação de abundância e intimidade, uma amizade, uma parceria. Contudo, cavalheiro que é, não vai arrombar a porta. Mas está presente e disponível. E, sempre, esperará de você atitudes, crescimento e esforço.

William Douglas

Fonte: http://www.prazerdapalavra.com.br/

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