segunda-feira, 25 de julho de 2011

É tão estranho... Os bons (cantores) morrem jovens...

Pois é. No sábado, dia 23 de julho, morreu Amy Winehouse. Uma voz tremenda. Um sucesso. Um talento nato.
Uma burra.
Fico de cara como as pessoas ainda conseguem vender uma imagem de liberdade enquanto tomam atitudes extremamente autodestrutivas. E mais ainda por haver idiotas que caem nessa. No mesmo mês em que se completam 40 anos da morte de Jim Morrison (outra mula talentosa), mais uma cantora original morre por causa das drogas e joga sua originalidade no lixo.
Aliás, se envolver com drogas, além de burrice, é a coisa mais clichê que um artista da música pode fazer... "Ah, mas ela me ajuda a expandir minha mente e compor..." Claro... E depois você não vai conseguir nem colocar um sapato sozinho.
Trocas.
E nem um pouco inteligentes...
"Troque a vida útil do seu cérebro por cinco anos do sucesso".
Bom, para alguns isso é jogo. Como dizia Lobão: "é melhor viver dez anos a mil que mil anos a dez..."
Não concordo.
Quem vive a mil não vê a vida passar, na verdade não vive. Tudo se resume a lixo descartável e bagagem de mão, sem tempo (nem saco) para uma bolsa cheia de lembranças. E, no fim da vida, ao invés de um belo filme, com cenas e mais cenas se passando diante dos olhos, no máximo vai haver os créditos com falhas de um filme obscuro, em fast foward, com imagens borradas...

Não, não concordo.

Quero viver mil anos a dez.

Quero saborear a comida, sentir perfumes, olhar nos olhos das pessoas que amo, me espreguiçar no sofá e domir assistindo um filme. Quero curtir cada momento, ter tempo para gastar e me arrepender. Aprender novas coisas, ou mesmo apenas deixar o cérebro de molho por algum tempo...

Ter escolhas inteligentes, que acrescentem à minha vida, ao invés de roubá-la: isso sim é viver...

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