
Colaboração da minha amigona supergêmea Gil, me fazendo rir com essa foto sem noção, =)
Ao invés de ser uma pessoa bem resolvida e firmada em pilares, devo ser uma criatura híbrida sem definição moral de nada. Como se tudo o que sempre foi preto e branco na minha vida fosse obrigado a ser degradê. Claro que o degradê é bonito, mas serve para que?
Aliás, pesquisando no Google (oráculo), descobri pelo Dicionário Houaiss que degradé significa "o mesmo que degradação, no sentido de modificação gradual de matizes..." Isso porque esse processo retira os limites entre uma cor e outra. Mas a palavra me diz outra coisa: degradar.
Isso mesmo. Degradação. No sentido social, moral, mental.
Confundindo tudo e eliminando limites que sempre me protegeram, e que para isso muitas vezes me disseram "não". E enquanto agradeço por cada "não pode", "isto é errado" e outras expressões de cuidado e orientação, a geração que se levanta rouba poe esporte, agride professores e mata os pais por serem eles obstáculos para sua desenfreada busca pela satisfação da própria vontade.
Essa pós-modernidade cria pessoas que ignoram o passado. Conquistas, descobertas, análises, tudo não passa de coisa velha, descartada, substituída por muita informação inútil, que apenas apóia o hedonismo, mais nada. Muita informação para praticamente nenhum uso. Uso útil, pois servem em sua maioria para popularidades efêmeras e distorções sociais. As espirituais, então, poderiam tecer um script para um bom filme de terror. Abrindo mão de Deus, por achá-lo uma concepção velha guarda, não entende a vanguarda que buscam, nem fazem idéia do que estão semeando em suas vidas.
Sinto-me decepcionada com tudo isso. Nossas mídias evoluíram, mas são usadas para disseminar notícias estúpidas, ensinamentos absurdos, teorias ridículas. O desejo de se libertar dos modelos antigos, muitas vezes descontextualizados em sua FORMA comete o erro de, como diria o ditado inglês, "jogar a água da banheira com o bebê dentro".